As políticas governamentais, por vezes, incentivam a discriminação!
Sempre pensei que as medidas protecionistas às minorias eram fruto da ignorância de nossos representantes no governo! Minha opinião está prestes a mudar, pois ao invés de ignorantes, parecem estimular, intencionalmente, a discriminação às pessoas enquadradas neste ou naquele perfil! Eis minha primeira teoria da conspiração!
É possível que sejam tão cegos e insensatos?! Talvez.
Bola da vez: No Dia Internacional da Mulher, a generosa presidente Dilma Rousseff anuncia uma MP (Medida Provisória) que altera o “Programa Minha Casa, Minha Vida”. Neste novo contexto, havendo o desfazimento da união, a menos que o homem tenha a guarda exclusiva dos filhos, o imóvel financiado por meio do referido programa fica sendo de propriedade da esposa. (Primeiro ponto: As famílias não são formadas apenas por homem e mulher, como ficaria em caso de casais homoafetivos???)
Em suma, eu poderia apenas dizer: Estou p da vida com a Dilma!
No entanto, isso seria excessivamente sucinto e sem fundamento!
Em uma sociedade machista, como é a nossa, medidas como esta são combustíveis para o motor da discriminação!
Agora, pergunto: Por que cargas d’água, em caso de dissolução da sociedade conjugal, o imóvel fica com a mulher?!?!?! Isso é o cúmulo do absurdo!
O próprio governo está gritando aos quatro ventos que nós, mulheres, somos incapazes de travarmos nossas próprias batalhas!
A MP ridiculariza a figura feminina e apenas instiga mais e mais os preconceitos! A própria norma é discriminatória!
Caros leitores, atualmente, as famílias (sejam de baixa ou alta renda) não seguem os moldes de outrora! Vejo que a fonte de renda, frequentemente é equilibrada entre o casal e, em outros tantos casos, a mulher é a mantenedora principal do lar! Há muitos casos em que o polo menos abastado da relação é o homem, pois já não se destacam os conceitos de unir-se com um homem que, necessariamente, ganhe mais do que a mulher! O inverso, obviamente, também é recíproco!
Concordam que, se o casal conseguiu financiar a casa pelo “Programa Minha Casa, Minha Vida”, os dois têm renda relativamente baixa?!?! Este é um ponto a se atentar!
Quaisquer avanços dados pelos brasileiros, rumo a posturas mais igualitárias, estão retrocedendo! Salvo exceções de pessoas que, de fato, possuem necessidades especiais, é simplesmente inadmissível esse abismo de classes privilegiadas formadas pelas ditas minorias! E o maior escavador deste abismo é o governo!
Somos todos igualmente capazes de conquistarmos nosso espaço, o esforço e o mérito vem de cada um! Sexo, cor, etnia, nacionalidade, não são elementos que implicam na competência daqueles que se enquadram neste e naquele!
Criar situações diferenciadas para mulheres, negros, índios, homossexuais, e quaisquer outras minorias, é medida mais do que discriminatória e de reconhecimento por parte dos nossos representantes no governo da incompetência que assolariam estas minorias (que nem são tão minorias assim!!!!)! É este o estigma que desejam que os persiga?! Sou mulher e não admitirei tamanho desrespeito!!!
Graças a essa espécie de postura, vemos os atos discriminatórios e a violência contra as pessoas crescendo dia após dia! Não estamos vivendo em uma sociedade de respeito mútuo e aprendizado, estamos vivendo em uma sociedade agressiva de classes privilegiadas!
Isso não é pregar a igualdade, é acariciar uns e apedrejar outros! Não esqueçam, contudo, que os ‘acariciados’ em questão são aqueles que serão apontados pelos apedrejados, os quais tendem a se indignar e apedrejam em resposta! Digo, com isso, que há uma enorme tendência de aumento da discriminação e represálias, que não afetam o governo, mas sim os agraciados pelo protecionismo preconceituoso e paliativo!
Assim como considero inconstitucional a Lei Maria da Pena, pois não traz a igual defesa aos homens que sofrem violência doméstica; considero essa MP inconstitucional! Um dos primordiais princípios do nosso ordenamento, qual seja da igualdade, é dilacerado!
Essa MP é injusta, sequer dá ao homem o direito de lutar pelo que também lhe é direito! É arbitrária! Inexiste qualquer juízo de mérito!
Já foi o tempo em que a mulher era uma mera criatura dependente e subjugada às vontades e à renda do marido!
Querem tirar o atraso? Ou vingar as ancestrais? Poupem-me!
Lutem e ganhem o respeito merecido! (e isso vale para todas as ditas “minorias”!)